O próximo veículo-robô que será enviado para a exploração de Marte, a partir de 2020, deverá investigar mais intensamente sinais de vida passada na superfície do Planeta Vermelho, informaram cientistas nesta terça-feira.Após cinco meses de trabalho, a SDT (Equipe de Definição Científica) divulgou um relatório de 154 páginas que traz suas propostas para o próximo veículo marciano.
A missão poderá utilizar, pela primeira vez, análises microscópicas, recolher amostras de rochas para o possível envio à Terra e realizar testes sobre a utilização de recursos naturais visando uma futura viagem humana ao planeta.
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Autorretrato do Curiosity, o último robô enviado a Marte, na superfície do planeta |
A Missão Marte 2020 terá como base o trabalho realizado pelo veículo-robô Curiosity da Nasa, que explora o Planeta Vermelho desde agosto de 2012 e já encontrou sinais de ambientes potencialmente habitáveis.A missão será "um grande passo na busca de sinais de vida" em Marte, disse Jim Green, diretor da Divisão de Ciências Planetárias na NasaO passo seguinte da NASA será analisar as recomendações e fazer um esforço para se obter os instrumentos científicos necessários, incluindo dispositivos de maior resolução de imagem, microscópios, mineração em pequena escala, química orgânica e ferramentas de detecção de carbono para buscar elementos biológicos na superfície de Marte."A combinação deste conjunto de instrumentos seria incrivelmente poderosa", disse Jack Mustard, presidente da SDT e professor de ciências geológicas na Universidade Brown.O veículo-robô recolheria 31 amostras que algum dia poderiam ser enviadas à Terra, como "um legado para a compreensão do desenvolvimento da 'habitabilidade' do planeta", disse Brown aos jornalistas.A agência espacial dos EUA ainda não desenvolveu a tecnologia para enviar as amostras à Terra sem que haja alteração no conteúdo, e no momento não há planos para um potencial envio de material marciano.John Grunsfeld, administrador associado da Nasa para a ciência, afirmou que para 2020 o veículo marciano permitirá que a agência de um passo para "responder às grandes perguntas" prévias à visita humana ao Planeta Vermelho, prevista para 2030.Fonte:www1.folha.uol.com.br